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sábado, 30 de março de 2013


Mãe que trabalha não afecta comportamento da criança
Estudo britânico
28 Setembro 2011
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As mães que trabalham fora de casa não causam nenhum dano social nem emocional significativo aos seus filhos, de acordo com um estudo britânico.

Os resultados provém de informação retirada do Millennium Cohort Study UK, que também verificou que as crianças parecem mais equilibradas quando tanto a mãe como o pai têm trabalho remunerado e vivem em casa com os seus filhos.

"Alguns estudos têm sugerido que o facto de as mães trabalhem (ou não) no primeiro ano de vida da criança possa ser particularmente importante para os resultados subsequentes", segundo a líder da investigação, Anne McMunn, num comunicado de imprensa do Conselho de Investigação Económica e Social, que financiou a pesquisa.

"Neste estudo não verificámos qualquer prova de influência nociva a longo prazo sobre o comportamento da criança pelo facto de a mãe trabalhar no primeiro ano do bebé."

Os resultados sugerem que as mães trabalhadoras são diferentes em vários níveis das mães que não trabalham. Por exemplo, observou McMunn que as mães com empregoremunerado são mais propensas a ter uma melhor educação, a ter mais dinheiro e estar menos deprimidas.

Dito isto, as formas em que os antecedentes laborais da mãe poderiam afectar o desenvolvimento dos seus filhos parecem ter muito a ver com o sexo da criança. Segundo o estudo, parece que as meninas são mais afectadas por padrões de trabalho materno que os meninos.

De facto, refere o estudo, as meninas pareciam ter mais problemas do que os meninos (em termos de início de dificuldades comportamentais aos cinco anos) em famílias onde o pai era o único que ganhava e as mães não trabalhavam, em comparação com famílias em que ambos os pais trabalhavam, disseram os investigadores.

Pelo contrário, uma dinâmica inversa, na qual a mãe era quem ganhava o sustento da casa (em vez de uma casa com duas fontes de rendimento), os meninos pareciam ter mais dificuldades comportamentais do que meninas.

No entanto, o estudo reforça as provas anteriores de que os problemas comportamentais aos cinco anos surgem com mais frequência (embora nem sempre) em lares onde ambos os pais são confrontados com o desemprego, como os constituídos por mães solteiras.